Prevenção da Incidência da Febre Maculosa Brasileira em Piracicaba

Unidade Sede e Curso(s) do Projeto: Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” – ESALQ

Unidade(s) colaboradoras e  Curso(s):  Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia-USP, Vigilância Epidemiológica, SSSP – Piracicaba, Centro de Controle de Zoonoses – Piracicaba, Secretaria da Defesa Meio Ambiente – Prefeitura de Piracicaba, Guarda Civil de Piracicaba.

Coordenador e contato: Gilberto José de Moraes 

Prof. Dr. Gilberto José de Moraes – ESALQ-USP (moraesg@usp.br)

André Pinheiro Almeida – Estudante de Engenharia Agronômica da ESALQ-USP (andrepinheiro@usp.br)

Equipe: Gilberto José de Moraes (docente ESALQ), Odaléia Telles Marcondes Machado Queiroz (docente ESALQ), Marcelo Bahia Labruna (docente FMV), Sinval Silveria Neto (docente ESALQ), Marinéia Haddad (técnica ESALQ), Josenilton Luis Mandro (técnico ESALQ), Edvângela Carolino das Neves (estudante ESALQ), André Pinheiro Almeida (estudante ESALQ), Luis Guilherme de Queiroz (estudante ESALQ), Alan Ferreira Nunes (estudante ESALQ), Ivan Carlos Valério (estudante ESALQ), Julia Dotoli Silva (estudante ESALQ), Gláucia Elisa Cruz Perecin (Vigilância Epidemiológica, SSSP-Piracicaba), Regina Lex Engel (Centro de Controle de Zoonoses-Piracicaba), Marianna Curi (Secretaria da Defesa Meio Ambiente-Prefeitura de Piracicaba), Ronaldo Milani (Guarda Civil de Piracicaba), Carlos Alberto Perez (ESALQ-USP).

Resumo do Projeto: A febre maculosa brasileira é uma enfermidade de reconhecida importância para a região de Piracicaba, onde a cada ano diversas mortes ocorrem em função desta doença. Esta é causada por uma bactéria, Rickettsia rickettsii, veiculada pelo carrapato-estrela (Amblyomma sculptum). Dentre os principais hospedeiros deste carrapato no município de Piracicaba, tem-se a capivara (especialmente), o cavalo e o gambá.

A ESALQ-USP vem há anos conduzindo um programa concreto de prevenção da enfermidade, envolvendo ações muito variadas. Este trabalho vem sendo realizado no câmpus daquela instituição sob a coordenação de uma comissão constituída por profissionais de diferentes unidades da própria USP (ESALQ, FMVZ), instituições de pesquisa (EMBRAPA), instituições da saúde (SUCEN, Vigilância Epidemiológica, Grupo de Vigilância Epidemiológica, Centro de Controle da Zoonose, SUBAS), do meio ambiente (Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, ICMBio, Secretaria da Defesa do Meio Ambiente de Piracicaba) e da iniciativa privada. A implantação destas ações tem reduzido a presença de capivaras nas áreas de maior circulação humana, assim como os casos de parasitismo humano pelo vetor. 

Rickettsia rickettsii, bactéria causadora da Febre Maculosa, é mais comumente adquirida nas proximidades de corpos d’água, onde se concentram seus principais hospedeiros. Por isso, este trabalho está sendo conduzido em seis corpos d’água de Piracicaba, onde capivaras têm sido avistadas. Os trabalhos consistem em recenseamento de capivaras e gambás, monitoramento de carrapatos (vetores da bactéria), avaliação de risco de acordo com sorologia para riquétsia em gambás, além de campanhas de conscientização dos público, que envolvem visitantes e moradores dos locais de estudo, pelotões das guardas civil e ambiental, bem como a comunidade geral da cidade de Piracicaba e região, além de visitantes de outras cidades e estados, que também estão sendo alertados através destas campanhas de esclarecimento sobre a Febre Maculosa

Jornal Piranot: “Em Combate à Febre Maculosa, equipes já iniciaram vigilância em áreas de Piracicaba” disponível em: https://www.piranot.com.br/2019/04/04/noticias/editorias/saude/em-combate-a-febre-maculosa-equipes-ja-iniciam-vigilancia-em-areas-de-piracicaba/

“Vigilância ativa contra a Febre Maculosa” disponível em: https://www.esalq.usp.br/banco-de-noticias/vigil%C3%A2ncia-ativa-contra-febre-maculosa

“Nas férias, ESALQ faz campanha contra Febre Maculosa” disponível em: http://www.jornaldepiracicaba.com.br/nas-ferias-esalq-faz-campanha-de-contra-febre-maculosa/

 Resultados do Projeto: Até o momento, foi realizado o recenseamento de capivaras, com dez contagens em cada um dos seis corpos d’água estudados. Foi realizado também o monitoramento de carrapatos nestes locais nos meses de abril/maio (pico de ocorrência de larvas), nos meses de agosto/setembro (pico de ocorrência de ninfas) e nos meses de dezembro/janeiro (durante o pico de ocorrência de adultos) o monitoramento também vem sendo feito.

Foram capturados (com o intuito de avaliar o risco de acordo com sorologia para a bactéria riquétsia causadora da doença) mais de 70 gambás até o momento, sendo 15 ao total de cada local de estudo. Foram recolhidas amostras de sangue para posterior análise sorológica.

Foi realizado um treinamento do Pelotão Ambiental da Guarda Civil de Piracicaba no primeiro mês do projeto. Além disto, diversas campanhas de conscientização foram realizadas, como uma ação educativa em uma escola de ensino primário e uma de ensino fundamental, campanha de férias no campus da ESALQ, campanha no Museu “Luiz de Queiroz”, alcançando turmas do ensino médio de uma escola estadual.